domingo, 15 de março de 2009

Preparando um vôo virtual!!!



Essa é a screen dô pouso no Aeroporto Internacional de Malpensa, em Milão, na Itália. Esse vôo partiu da cidade de Tunis, na Tunísia, decolando do Aeroporto Tunis Carthage. Coisa báisca, 558 milhas apenas, pouca coisa para um A330-200. Na verdade, o objetivo não é mostrar fotos do vôo porque foto agora a gente leva para concurso ou apenas um outra mais interessante para postar nos foruns da vida. Tudo bem que a aviação virtual brasileira está sem seu principal forum o Aerovirtual, que anda cheio dos problemas. Parece que arrumar ou estão tentando. Enfim! Coisas de banco de dados, parece.

O que quero mostrar é o trabalho que dá para tentar dar mais realismo possível a um vôo virtual.Pelo menos para mim. Tenho uns amigos que fazem a coisa mais simples. Escolhem o avião a rota, enche o tanque e se manda. Decola e pousa. Ricardo Félix, meu amigo e principal entusiasta, é um desses. Por lógica, ele está certo: Quero voar, ele diz. Mas eu prefiro ir um pouco mais. Então vamos lá! Ricardo, abraços irmão e olha, o PV tá sua cara.


A primeira coisa que ando fazendo, na verdade, é escolher o avião que pretendo curtir em cruzeiro. Vale dois aspectos: primeiro, o tipo e, segundo, a pintura. POr ai eu defino a rota. Ultimamente tenho voado muito, mas muito mesmo, com o Airbus 330-200 da Feelthere/Wilco. Por que? Porque a McPhat Studios desenvolveu lindas pinturas para esse modelo. Baixei as 10 disponíveis. Torço para que eles um dia peguem os Project Airbus, os Level-D e até os NGs da PMDGs, meus preferidos. Andei fazendo uns post no cadastro deles, mas enfrento a barreira da lingua. Eles são multi e pessoas legais. Gostei! Mas não sei as vezes o que dizer. Eu traduzo o que eles escrevem, mas creio que não consigo atingir o que eles pensam no que dizem. Não é literal aquilo que é traduzido. Seja como for, se eu fosse você, daria um pulinho por lá na McPhat e conheceria esse belo trabalho.

Neste vôo quis usar o Livingston - Energy Flight. Descobri, vendo a pintura, que é uma empresa que opera serviços regulares e charter ligando grandes cidades italianas para destinos de férias no Caribe, América Central e do Sul, o Oceano Índico, a África, o Mediterrâneo e do Médio Oriente. Sua base principal é aeroporto internacional de Malpensa, Milão. Há alguns dias, baixei o Aeroporto de Malpensa e Linarte, no Walla Mine, o principal centro de informações sobre cenários free. Esse trabalho feito pela ISD Project, eu creio, é quem deu inspiração para o pessoal da Fly Tampa produzir seus cenários. Os ISD são perfeitos. Quem gostar de voar pela Itália, bom proveito.

Percebam que casou: eu vi Malpensa, baixei e estava de posso do Livingstone. Veio então a sensação boa: é o avião da hora. Agora, faltava escolher a rota. Ao pesquisar a Livin, conforme observaram ai, fui buscar as rotas. Comecei testando as rotas pelo Caribe. Dos cenários que eu tinha, nenhum batia com Itália. Tem um que vai para Paris, mas não queria mexer com instalação. Estava com vontade de voar. Fui procurar outras rotas. Achei o Norte da África. Lembrei que há pouco tempo baixei também no Walla Mine o Aeroporto de Carthage, em Tunis. Muito funcional. O serviço externos, como ônibus e carros, são bem modelados. Pronto! Avião escolhido, rota definida.

Primeiro passo! Preparar o nosso avião. Aqui, entro no Configurator do Airbus 330-200 da Feelthere. Estabeleço então quantidade de passageiros, nesse caso, com 224, sendo 23 pax em Business Class e o restante no "povão". Vai carregado no bico, com 91% de carga nos porões dianteiro. Ao definir isso, teremos os valores que vamos inserir posteriormente no FMGS. Depois... Antes, temos que ver a quantidade de querosene que serão usados. O peso influencia a performanece de vôo. Carrego então o fluel planner. Utilizo os dados do Vroute: distância e altitude de vôo. Mantenho o cost index em 50, default. Insiro o ZFW (Zero Fuel Weight), informado em Load Manager carregado anteriormente, com o resultado de pax,cargo e aircraft. Tenho assim, a quantidade de combustível que vou usar. Salvo as informações e se altera automaticamente o cfg do avião.

Ahhh.. Melhor anotar numa papeleta para não ter que ficar alternando telas. Outra coisa que faço invariavelmente. Mantenho os AIRAC sempre bem atualizados. Porém, nem sempre você tem as star definidas ali. Putz!!! Por isso, deixe mais ou menos definido os lugares onde irá buscar as cartas de saída e chegada. No Vroute tem essa opção.

Abri o FS2004. Antes de criar o vôo, como de costume, procurei nas bibliotecas se os cenários estavam todos lá. Sim! Estavam todos lá. Comecei a criar o vôo. Escolhi o A330-200 da Livingstone, o LVG MCP. "Laranjão" com sujo, cara de Pett Adams por causa daquela bola no nariz. Notaram isso? Não gosto quando tem o nariz printado. Não acho que seja bonito. Mas é esse o avião. Batizei-o de Pett Adams. Em seguida, retornando ao Create a Flight, defino a localização de partida, no caso, Carthage, na Tunisia. Muito importante para mim, neste procedimento: ao definir a partida, conheço bem o aeroporto. Isso é feito geralmente com as cartas. Mas não ando muito a fim de gastar tinta com impressora. Então anota as informações. Tamanho da pista, altitude do aeroporto são fundamentais. Vamos usar lá na frente.

Já tenho as informações anotadas: 1) distância, 2) altitude que voaremos, 3) combustível a ser usado, e 4) a rota traçada com os waypoints, VORs, aerovias, etc. No create a flight entro em Fuel and Payload. Ali só insiro as informações sobre o combustível que vou usar. Não mexo no payload que já está carregado pelo Load Manager salvo. Ahhh.. Esqueci de dizer: no Vroute tem os horários reais de partida do aeroporto.

Este aqui sairia as 5h50. Escuro! Fazer o que? Antes de dar o OK para carregar o vôo, retorno na área de trabalho e aciono o Active Sky, que está online. Ali eu consigo as informações sobre ventos, temperatura e pressão atmosférica. Parece que agora está tudo pronto para carregarmos o vôo. Engano!!! Precisamos saber quais serão as condições de motorização para a decolagem. Abro então o Takeoff Performance Calculator, onde são inseridas informações sobre avião (o escolhido), tamanho da pista e elevação (vistos no Creat a Flight do FS ou nas cartas do aerodromo), o componente de ventos, temperatura e pressão (do Active Sky); o takeoff weight (carregado no load manager), o Flapsetting (que se estabele na tabela de performance do avião, geralmente, no caso do Airbus em 2), e as condiçoes da pista. O Calculator vai me dar então a V1,a VR e a V2, bem como o ajuste de pressão, a decolagem FLex.

Vou para o Flight Simulation. Dou o OK e espero carregar o vôo. Aproveito para tomar um cafezinho enquanto isso. Mais um detalhe: no configurator, retirei a opção Cold and Dark. Nem sempre faço isso. Aprendi que o grande barato é você dominar a máquina. Então, coomecei a gostar de fazer os procedimentos desligados. Só com o APU funcionando. No A330-200 existe esse realismo. Mas, como estava com vontade de voar, já coloquei a máquina em funcionamento ali no gate.

Vamos agora, então, iniciar o vôo. Clicando no overhead ligo o APU e espero ele estabelecer a voltagem correta. Libero a volta a acende a luz da cabine. Já posso ver os instrumentos adequadamente. Vou para o FMGS e começo a fazer o preenchimento de todos os campos que são necessários. Quase todos! Tem coisa ali que, admito, nem sei para que serve, mas, devagar eu chego lá. De onde prá onde, Cost Index, identificação do vôo, etc e tal e vou seguindo. Antes de traçar a rota, embora pelo ATIS já saiba qual a ativa. Confirmo o vôo, pista e autorização para taxi. Ai, enquanto isso, insiro a rota. Nossa será essa: TOBIB UA725 TANIT UM733 DEXUL UM733, AJO UM858 UNITA UL50 ANAKI, definida no Vroute.

Aeronave programada! Bom vôo comandante. Saída TOBIB e em seguida as aerovias e pontos de VORs. Caso não tenha a carta do aerodromo, siga a linha pontilhada até a cabeceira de decolagem. Cuidado para não sair da linha durante o taxiamento. Não esqueça das lights. Peça autorização para decolar. Aeroportos movimentados sempre tem um 747 chegando na sua cabeça. Vá para a pista. Manete em TO/GO Flex54, preste atenção nas sinalizações de callouts. Use F11 e F12 para manter o avião no centro da pista. Cantou rotate, comece a puxar o manche. Esqueça tudo lá fora e preste atenção aqui dentro, nos instrumentos. Atingiu a velocidade estabelecida na V2, aciona o AP e boa sorte. Vai precisar no pouso.

Programas usados
Flight Simulation 2004
Active Sky
Takeoff performance
Vroute
Configurator da Feelthere/Wilco
Screen Capture

Um comentário:

Artur Santos disse...

Gostei desse relato, Edilson. Não conhecia essa McPhat, mas já estou a baixar a pintura da TAP para experimentar.

Um abraço.